terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Sorvetes que não derretem

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As situações pelas quais passamos na vida são como um sorvete que fica debaixo do sol quente em um dia de verão. No começo está com gelo, maciço e saboroso, mas aos poucos vai derretendo e se você não correr pra tomar logo ou colocar no freezer, ele vai derreter e você nem vai perceber.
Agora, você tem opções. Ver o sorvete derreter lentamente e sofrer enquanto ele se desfaz ou pegá-lo e se refrescar aliviando o tormento de estar em um dia terrivelmente quente ou ainda recoloca-lo no freezer pra ter o prazer de ter um sorvete pra tomar mais tarde. Não será a mesma coisa e você terá um sorvete re-resfriado o que na minha opinião não é tão bom quanto um sorvete cremoso em um dia quente, mas ainda sim é uma alternativa.
Quando estamos diante de uma situação conflitante o que fazer? Você poderia facilmente responder: raciocinar e ver qual caminho trará melhores conclusões. Mas mesmo que a conclusão a qual você quer chegar seja fácil, ainda vivemos diante da incerteza de possíveis futuros.
Por que? Eu poderia dizer a frase taxada “Seres humanos são complicados”, mas não vou fazer isso, ao contrário, vou tentar ver por que seres humanos as vezes complicam tanto tudo ao seu redor.
Afinal, não seria mais lógico apenas pegar o sorvete?
A questão é que a lógica nem sempre nos leva em direção a uma fabulosa decisão que nos agrada de imediato e então caímos na armadilha. Tentamos nos agradar com decisões imediatas mirabolantes que podem levar a um fim desastroso, ou a uma deliciosa e adicional cobertura de chocolate.
Seja de um amor, de uma dor, de um mundo esquecido ou um que existiu apenas em nossos mais longínquos devaneios. Ah, a dor de amor, o mais comum dos males humanos.
Terrível? Não sei dizer. Mas quanto maior a recompensa maior o risco. E o risco exige as decisões mais incrivelmente conflitantes e arriscadas, às vezes até terrivelmente maçantes como ficar na sala de espera do dentista.

O que quero dizer é somos criaturas peculiares que às vezes complicam as situações. Mas tomar decisões nem sempre são tão fáceis. Até porque até chegar ao sorvete há um caminho maçante e que fica terrivelmente quente sob um sol de verão. 
-Déborah Queiroz

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

RESENHA: A LUVA DE COBRE

“O Fogo quer queimar.

A Água quer fluir.

O Ar quer se erguer.

A Terra quer unir.

O Caos quer devorar.”

Vocês devem sempre se lembrar dos Cinco Princípios da 
Magia.




A luva de cobre é o segundo livro da série Magisterium da Cassandra Clare e Holly Black.
Pra você que ainda não conhece o primeiro livro O desafio de ferro eu fiz resenha dele é só clicar aqui para ver ;)



Bom, esse segundo livro começa cheio de mistérios envolvendo Call e principalmente o pai dele. 
Sabemos que Alastair detesta magia pelo que lhe aconteceu no passado e o grande progresso de Call aliado à descoberta que ele fez no fim do semestre letivo (sem Spoilers) deixa o clima muito tenso entre os dois. Só posso dizer que a descoberta que Call faz bem no comecinho do livro já me deixou assim 



A partir desse ponto já deu pra perceber tudo o que o livro traria: Mais mistério, mais aventura, e muita evolução. E eu não me decepcionei nadinha com minhas expectativas. Foram todas superadas. A aventura dos meninos agora se passa fora do Magisterium e o perigo que os rodeia aliado a sua missão são construídos de forma singular e mágica.


O fato de o melhor amigo de Call - Aaron - ser o Makar e ele ser seu contrapeso cria um conflito interno em Callum muito interessante para a trama. 
Call saber que tem a Alma de Constantine é decisivo para o livro do começo ao fim e coloca aquela pitada de desespero e anseio pelo desfecho do livro.
Os pais de Tamara são mais presentes nesse livro o que só soma a lista de prós. Devastação está grande e ele te faz pensar "Awn eu quero um lobo dominado pelo Caos pra mim!" kkk.



Serão cinco livros e pelo ritmo que tudo está indo vejo que essa série será simplesmente Incrível. É aquele livro que você fica assim: OMG preciso ler, preciso ler!
O livro tem 300 páginas, mas a leitura é tão leve que você mal percebe quando passa e fica What? Já acabou? E agora?



O final do livro é um bolo recheado de descobertas, conflitos e muita ação. Vemos que o romance está começando a se aflorar na saga e Cassie já prometeu que o próximo livro terá mais romance e mais aventura. Você fica imaginando se só será mais um triângulo amoroso como qualquer livro ou não. Eu espero sinceramente que não.



Por fim eu fiquei com aquelas perguntinhas básicas:
O que acontece agora?
Call vai se revelar Sucerano do mal?
E Aaron terá coragem de enfrentar o melhor amigo?
E Tamara onde fica nisso tudo?





Se você conhece a Mistura HollyBack com certeza sabe que o que te aguarda nesse livro é mais um universo fantástico a ser explorado e desenvolvido. As autoras acertaram na mosca do começo ao fim então corre pra uma biblioteca/livraria mais próxima de você e leia porque vale muito a pena.
Eu já estou roendo as unhas pelo próximo livro. Simplesmente PRECISO de A chave de Bronze!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

ESPECIAL SEVERO SNAPE R.I.P ALAN RICKMAN

Alan Rickman foi um dos atores britânicos mais queridos para quem nasceu entre os anos 1990 e 2000. Um entre seus inúmeros papeis nas telinhas que se destacam é o de Severo Snape professor de Hogwarts que, apesar de 'perseguir' Harry por anos, revelou-se um dos seus maiores aliados.



Severo Snape (9 de janeiro de 1960 – 2 de maio de 1998) foi um bruxo mestiço, filho da bruxa Eileen Snape e do trouxa Tobias Snape. Durante sua vida, Severo Snape foi Mestre das Poções (19811996), professor de Defesa Contra as Artes das Trevas (1996-1997), e Diretor (1997-1998) da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Ele também foi Comensal da Morte e um membro da Ordem da Fênix. Agindo como agente tuplo ele teve um papel muito importante nas Guerras Bruxas contra Lord Voldemort (Tom Riddle)Mas ele não é conhecido apenas por isso. Sua enorme fama vem de seu incondicional amor por Lilian Evans (mãe de Harry Potter) a quem permaneceu fiel fazendo de tudo para protegê-la e a seu filho até depois de sua morte. 



É claro sua incrível fidelidade é conhecida e é o que nos faz suspirar cada vez que ouvimos a palavra 'Always'. Não vou tentar fazer uma biografia da vida de Severo, mas sim fazer um tributo à ele, mostrar porque ele Alan Rickan/Severo Snape é uma peça tão importante na vida de todos os Potterheads.

Me lembro de mim quando pequena, ainda sem ler os livros pensando que Snape era o traidor, o aliado de você-sabe-quem. A revelação de sua lealdade me chocou. E o que me surpreende no personagem é que ele me convenceu desde o princípio. J.K. criou Severo e Alan deu vida à ele.

É simplesmente impensável Severo Snape ser interpretado por alguém que não Alan Rickman. Ele teve a capacidade de nos passar a vida do personagem, seus mistérios, sua paixão por Hogwarts e seu amor transcendental por Lilian Potter mesmo após ele tê-la decepcionado e ela ter se casado com Potter seu 'inimigo'. E mesmo após sua morte seu amor não se apagou.



Seu ar de professor chato misturado aquele mistério que o pairava, sempre atrás de Potter nos dão aquele toque realístico que queremos. Aquele professor que mesmo sendo tão chato arranca risadas de nós e é o mais fascinante.



QUEM NÃO SE LEMBRA DESSE DIV BÁSICO?

Severo é um personagem que inspira milhões e nos ensina muito:



E é sempre nessa hora que eu fico assim




Aquele que pensamos ser incapaz de amar, apresentado desde sempre como um narigudo de cabelo oleoso, foi o que mais demonstrou sua lealdade coragem e confiança. Ele não é apenas um personagem assim como Alan não foi apenas um ator. Ele nos passa a importância de lutar pelo que você acredita  e de ter coragem mesmo quando o medo é forte e a situação difícil.




Em 2011, pouco depois de filmar as últimas cenas de Harry Potter e as Relíquias da Morte, Rickman escreveu uma mensagem para se despedir dos atores. Foi também seu adeus a Snape, o personagem que ele interpretou por mais de dez anos. O texto foi publicado, originalmente, na revista Empire:

“Acabo de voltar do estúdio, onde falei ao microfone como Severo Snape pela última vez. Numa tela, havia flashbacks com cenas de Daniel, Emma e Rupert de dez anos atrás. Eles tinham 12 anos. Eu também voltei recentemente de Nova York e, enquanto estava lá, vi Daniel cantando e dançando (brilhantemente) na Broadway. Uma vida inteira parece ter passado em minutos.
Dez anos se passaram desde que um telefonema de J.K Rowling, revelando uma pequena pista, me convenceu de que havia mais em Snape que o figurino imutável e de que, embora apenas três dos livros tivessem sido publicados àquela altura, ela tinha toda a imensa e delicada narrativa em suas mãos.
Ser contado em história é uma necessidade antiga. Mas a história precisa de um grande narrador. Obrigado por tudo, Jo. 
Alan Rickman”

E é por essas e tantas outras que Alan Rickman sempre foi e sempre será nosso eterno Snape, eu não senti que Snape morreu em As Relíquias da Morte, senti que morreu dia 14. A morte de Alan Rickman me impactou muito porque assim como com tantos outros Potterheads ele fez parte da minha infância e do meu crescimento. Foi como perder um velho amigo. Claro, não o conheçi pessoalmente, mas por tudo que sei a seu respeito Alan era uma pessoa extraordinária e amada por milhares de pessoas não só pelo seu trabalho, mas pelo que era como pessoa. Então deixo aqui meu tributo à Alan Rickman, que se foi, mas nos deixou Severo Snape como memória. 



Daniel Radclife:
"Alan Rickman é sem dúvida um dos grandes atores com quem terei trabalhado. Ele é também uma das pessoas mais leais e solidárias que conheci na indústria do cinema. Ele foi tão encorajador comigo, seja no set, seja nos meus anos pós-Potter. Tenho quase certeza que ele foi assistir tudo que fiz nos palcos de Londres e Nova York. Ele não tinha que fazer isso. Conheço outras pessoas que foram amigas dele por mais tempo que eu e todas dizem "se você ligar para o Alan, não importa onde ele está ou o quão ocupado está com seu trabalho, ele irá ligar de volta em um dia".

As pessoas criam percepções de atores baseadas em papéis que eles interpretaram, então pode surpreender alguns descobrir que ao contrário de alguns sérios (ou simplesmente assustadores) personagens, Alan era extremamente gentil, generoso, auto-depreciativo e engraçado. E algumas coisas, obviamente, ficavam muito engraçadas quando ditas por seu tom característico.

Ele foi um dos primeiros adultos em Harry Potter a me tratar não apenas como criança, mas como um par. Trabalhar com ele em uma idade de formação foi incrivelmente importante e vou carregar lições que me ensinou para o resto de minha vida e carreira. Sets de filmes e palcos teatrais estão todos pobres com a perda deste grande ator e homem."

J.K. Rowling também comentou a perda de Rickman no Twitter:

"Não há palavras para expressar o quão chocada e devastada eu estou em saber da morte de Alan Rickman. Ele era um ator magnífico e um homem maravilhoso."

Emma Watson, a Hermione Granger:
“Estou muito triste por saber da morte de Alan, hoje. Eu me sinto muito sortuda por ter trabalhado com ele e por ter passado tanto tempo com um homem e um ator tão especial. Eu vou realmente sentir falta de nossas conversas. Descanse em paz, Alan. Nós amamos você”.

Jason Isaacs, o Lucio Malfoy:
“Notícias desoladoras sobre o amável Alan. Ninguém poderia ser tão hilário, trágico, apavorante e verdadeiro ao mesmo tempo”.

James Phelps, o Fred Weasley:
“Chocado e triste por saber da morte de Alan Rickman. Um dos atores mais gentis que já conheci. Meus sentimentos e orações estão com sua família, agora”.

Oliver Phelps, o Jorge Weasley:
“Notícias terrivelmente tristes sobre a morte de Alan Rickman. Uma pessoa divertida e cativante que colocou um jovem ator tímido à vontade quando eu estava fazendo Harry Potter”.

Matthew Lewis, o Neville Longbottom:
“Estava no Leavesden Studios hoje quando ouvi a notícia. Enquanto caminhava pela cantina, eu pensava em Alan na fila para o almoço ao nosso lado, meros mortais. Eu lembrei do trailer em que ele me ofereceu alguns dos grandes conselhos que eu já recebi sobre essa profissão louca que compartilhávamos. Estar de volta nos corredores me fizeram lembrar diversas coisas e vou levar essas memórias para toda minha vida. Ele inspirou minha carreira mais do que ele jamais saberá e sentirei sua falta”.

Bonnie Wright, a Gina Weasley:
“Alan. A energia mudava sempre que você entrava em cena. Você era uma inspiração para todos nós. Descanse em paz”.

Rupert Grint, o Rony, enviou um comunicado à imprensa:
"Estou devastado ao ouvir sobre a morte de Alan Rickman. Me sinto muito privilegiado de ter tido a oportunidade de trabalhar com ele em várias ocasiões. Mesmo que ele tenha ido, eu sempre vou ouvir sua voz. Meus pensamentos estão com seus amigos e sua família neste momento", escreveu.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

SHADOWHUNTERS: PRIMEIRAS IMPRESSÕES



No dia 12/01 foi ao ar o primeiro episódio da Série Shadowhunters.
E preciso dizer que ansiava por esse momento desde que foi anunciado que haveria uma série então eu estava receosa, com medo do que esperar. É claro, eu sabia que não seria exatamente como o livro, assim como o filme não foi.
Para aqueles que não conhecem a série Shadowhunters é uma adaptação da série de livros da autora Cassandra Clare, que nos introduz ao mundo dos Caçadores de Sombra. Com o sangue do Anjo Raziel correndo em suas veias, eles são responsáveis por proteger o mundo humano dos demônios. Os livros são recheados de magia, romance, aventura e suspense. Cassie criou um Universo novo e há diversos livros além da Série Instrumentos Mortais sobre Shadowhunters.
Voltando a série...
A série começa com o aniversário de 18 anos de Clary e por essas e outras percebemos que não é exatamente como no livro.
Não, eu não me decepcionei. Não esperava uma super atuação dos atores porque nunca tinha os visto em ação e ficou bem OK.

Sobre os personagens:


Não posso julgar suas atuações apenas pelo Ep. Piloto, mas alguns dos atores como o Dom Sherwood me surpreenderam muito. A Kat McNamara nem tanto, ela fez a Clary me parecer com a personalidade um pouco diferente, e isso me incomodou um pouco. A atuação de Harry Shum como Magnus pra mim foi ótima, mas ele pareceu um pouco apagado (senti falta de purpurina kkk) espero vê-lo mais nos próximos episódios.
No geral, a atuação foi legal, nem de mais, nem de menos e estou ansiosa para ver as personalidades de cada personagem se aflorar nos atores que é o que eu acho que vai acontecer.
As atuações que mais se destacaram pra mim foram:
Alberto Rosende: Simon parece que pulou do livro pra série pra mim e está bem 
cômico o que eu amei
Emeraude Toubia: Izzy está mais seduzente que nunca e Emeraude passa a confiança 
que a personagem precisa


Alan Van Sprang:
A atuação que mais gostei foi a do Alan Van Sprang (Valentine) que conseguiu me causar impacto logo de cara com sua atuação. Vi perfeitamente o personalidade de Valentine na atuação de Alan e amei isso. Ele é um dos meus personagens favoritos da série e eu fiquei tipo:



Sobre o Enredo:




O Piloto ficou um episódio bem interessante. Teve muita ação o que não deixou cansativo e gostei de certas mudanças como Luke se tornando policial, deixa o personagem mais ativo. E aquele mistério que surgiu em torno de sangue mundano sendo traficado foi muito intrigante. Deixa o espaço aberto para que muita coisa possa acontecer além da história principal que é o mistério sobre o Cálice Mortal que o primeiro livro apresenta.  Estou super curiosa para ver como a série vai se desenrolar e os primeiros demônios já me deixaram louca pra ver a aparência e efeitos dos próximos.

Críticas:


Eu estou bem aberta a série esperando por mais para formar uma opinião certa então até lá tenho poucas críticas a fazer.

  • Achei meio estranho ver o instituto tão cheio de gente e tão tecnológico e isso tira um pouco da essência pra mim, mas entendo que isso também possa dar outras aberturas para o desenvolvimento da série.
  • Não gostei do fato de a Banda de Simon ser só ele e a Maureen, senti muita falta dos outros personagens porque poderiam complementar bem o círculo do Simon.
  • A mistura dos livros na primeira temporada está me preocupando um pouco, mas vou esperar ver mais antes de tudo.
  • É pouca coisa, mas me incomodou muito a forma com que eles usaram a Estela  Fiquei tipo:


Mas enfim kkkk
Em resumo, está tudo bem promissor e estou bastante ansiosa pra ver o desenrolar da série e dos personagens =)





Então que venha o próximo episódio LOGO porque até lá eu fico meio



AVISO:
TERÇA QUE VEM TEM UM ESPECIAL DO SEVERO SNAPE EM HOMENAGEM AO NOSSO ACLAMADO ALAN RICKMAN. FOI UMA GRANDE PERDA E ME CAUSOU BASTANTE PESAR ASSIM COMO EM TODOS OS POTTERHEADS. SIMPLESMENTE NÃO CONSEGUI PRODUZIR UM ESPECIAL PRA HOJE, SUA MORTE ME CAUSOU GRANDE IMPACTO, SINTO MUITO.







quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Memórias que se dissolvem no chão




Uma gota do sorvete pinga no chão. Está derretendo, mas ela não parece se importar. A mala, bem pequena tem o fecho quase estourado com as roupas colocadas às pressas. Uma oportunidade é tudo o que ela tem. Se não for agora provavelmente nunca mais terá tal coragem. O trem apita, seu telefone toca, ela olha rapidamente para trás e entra.

Todos os dias milhares de pessoas sentem, tocam, passam. Todos os dias pessoas que não se conhecem se cruzam e evitam se olhar nos olhos para evitar conhecer, evitar a partida que vem no final de cada começo.

Tem os sonhadores, aqueles que procuram uma jornada com aventuras, destemidos e intrigantes. Tem os que partem com a solidão, com a esperança de um novo recomeço levando lembranças.

Há encontros, desencontros, sorrisos, lágrimas. Na vida eu sou a estação, e mesmo quando todos se vão, eu fico aqui à espera de qualquer passageiro. E é nesse momento que me agarro as lembranças.

Uma memória, uma mala perdida, um livro esquecido em um banco, um lenço caído no chão ao acaso. E são essas coisas que me sustentam. Que mantém minhas vigas de pé em meio a tanta solidão.

Mesmo quando sinto as vigas cederem e rangerem ao menor vento pelo tempo que as consumiu, as pequenas lembranças me forçam a continuar, a não fraquejar e esperar por mais um sorriso, mais um abraço de encontro, de despedida, mais um sorvete que pinga no chão, mais um beijo não dado, mais uma mala lotada de memórias que derramam e se dissolvem no chão. Sozinha.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

ENTRE CÃES E GATOS

Hoje é sexta e lá vai mais um post sobre ilustrações.
Há uma guerra infinita entre cães e gatos. Isso para nós humanos porque alguns deles não estão nem aí pra isso.



Mas já que há essa guerra infinita entre qual é melhor, mais amigo, companheiro...
O artista Bird Born resolveu ilustrar as 6 maiores diferenças visíveis entre cães e gatos. Eu consigo ver essa diferença que ele retratou e achei as ilustrações super válidas. Na minha cidade (Goiânia) os gatos não são tão bem aceitos por todos, já que a maioria prefere cães, eu comentei isso no meu texto Vidas que vivem em radinhos de pilha.
Eu não tenho gatos, só cães, mas minha avó tem e consigo perceber aspectos reais nas ilustrações de Born. Suas ilustrações são provavelmente de sua experiência pessoal com os animais, afinal ele tem dois cães e dois gatos.
E são ilustrações muito fofas, se parecem muito com alguns quadrinhos que conheço e a forma das ilustrações me lembra muito o Garfield! 

Preferindo cães ou gatos, ou os dois o importante é dar amor e carinho aos animais que temos e respeitar a opinião dos outros, afinal pessoas diferentes pensam e sentem coisas diferentes a respeito de quase tudo.


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E agora mais uma explosão de fofura:






terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Avante Frodo






Esse ano eu vou...
Esse ano vai dar...
Esse ano vou fazer...
Vai ser um ano incrível...
Novos começos...
Blá, blá, blá!
Todos os anos Dezembro gera aquele friozinho na barriga. O ano está acabando. Após toda a comilança do natal, o dia 26 até o dia 31 (se estendendo a janeiro) é reservado para você fazer seus planos para o próximo ano. O ano que vai mudar sua vida... Ou não.
Não pense que eu sou o tipo de pessoa que não planeja as coisas. Ao contrário, eu amo planejamentos. Mas aí todos os anos eu vejo pessoas ao meu redor fazerem as mesmas promessas e nada para cumpri-las.
É claro, às vezes você pode pensar que é mais fácil simplesmente se sentar e se envolver em mundo cinza e sem forma até que alguém faça algo. É claro também que se você estivesse cercado de aranhas tentando te comer vivo você tentaria fazer algo para sobreviver e voltar a viver ou começar. Mas às vezes parece que o sofá e a rotina são tão fortes ao nos combater quanto um exército, certo?
Então por que todos os anos prometemos voltar a viver, mas só a básica sobrevivência continua a residir dentro de nós? Passos, passos, passos. Eu não consigo realizar tudo o que planejo, mas tentar é essencial. Pensar no caminho que é preciso percorrer para chegar a Mordor e então simplesmente ir. Assim como Frodo, mesmo que não seja fácil e você tenha Gollum no seu pé por um tempo.
Caminhe, aprecie a vista. Evolua. Faça algo. Mas não se esqueça de parar de procrastinar ou seu ano será exatamente como o ano anterior e o outro e assim por diante até que seus cabelos sejam brancos e você esteja tão cansado que ache mais fácil sentar e esperar para acolher a morte como uma velha amiga.



“Se fracassar, ao menos que fracasse ousando grandes feitos, de modo que a sua postura não seja nunca a dessas almas frias e tímidas que não conhecem nem a vitória nem a derrota.”
Theodore Roosevelt