sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A névoa



Sento-me recostada a uma árvore qualquer e suspiro. O pesar da dor me envolve e meus ombros estremecem. O vento sopra frio e denso e deixo a névoa envolver-me espessa e fria. As lembranças vêm forçando minha mente a gritar por socorro. Pressiono minhas têmporas como se isso pudesse reprimir seu grito.
A névoa me oprime e solto um grito agonizante, balançando-me para frente e para trás. Exausta, deixo-me cair no chão duro e frio, encarando o vazio. Não sinto nada. Sorrio, reprimindo a dor que teima em voltar a me machucar exaurindo cada força do meu ser. A névoa ondula dançando ao meu redor, tentando me ferir.
Meu rosto esboça um sorriso e olho para o lado, mas nada consigo ver. Finalmente, a névoa desiste e vai, deixando-me em meio as árvores e um céu de um milhão de estrelas. Vejo-o parado novamente ao meu lado. Encaro seus olhos encontrando os meus e me permito ficar assim. Só por um instante até ter que voltar para a realidade.

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