terça-feira, 1 de dezembro de 2015

SEJA MAIS NORMAL!

Ao andar pela rua percebo uma coisa. As pessoas me encaram. Penso que acham que estou bonita e sorrio ao dar mais alguns passos. Ao sorrir eles viram os rostos rapidamente. Paro por um instante. Não me olham como se eu estivesse bonita e sim com reprovação. Por que? Confiro minhas roupas  e meu cabelo, tudo ok, certo? Quando chego no ponto de ônibus as pessoas me encaram e sussurram. Agora entendi! Estão sussurrando sobre mim, minhas roupas. Mas não há nada de errado com elas. A meia calça é rasgada, o tênis é gasto, mas ainda em boas condições. Meu cabelo é volumoso, com cachos altos e verdes, uso batom vermelho. Ouço a palavra 'estranha', 'sem-noção' e risos de deboche. A frase que sussurram está estampada em suas testas cinzas e iguais: SEJA MAIS NORMAL! Coloco os fones de ouvido e entro no ônibus.

Esse pequeno trecho que escrevi pra vocês é algo que aconteceu comigo, ou pelo menos como me senti naquele momento, alguns anos atrás com tantas pessoas me encarando com olhares de reprovação. Há alguns anos eu resolvi que queria ser um pouco diferente das pessoas, do comum no estilo, no meu jeito, não que ao meu ver tenha sido muito radical. Algumas pessoas me incentivaram, da grande maioria houve reprovação. 
No começo, eu me importava muito com o que os outros pensavam de mim. Hoje, nem tanto. Acredito, hoje que ser eu mesma é o que importa e refletir quem eu sou, não só pela minha aparência, mas pelas minhas ações. Hoje tento além de tudo agir com o coração, e eu quero que as pessoas vejam isso em mim pra que de alguma forma, mesmo que pequenina, elas possam ver o quanto isso me deixa feliz e talvez também as deixe feliz. Não quero ser 'comum'. Mas ao contrário do que algumas pessoas pensam não quero 'me aparecer', quero apenas me sentir livre pra ser quem eu sou e expressar isso.
Mas aí é que está o grande Q da questão. O que é diferente assusta, intimida. O que é diferente demora a ser aceito, e quando é. O normal é comum, é silencioso e quieto, é mais fácil. O normal não deve se enxotado! Mas sim o preconceito. Contra estilos, etnias, contra o que é diferente. O preconceito sim deve se abolido do interior de todos nós, porque somos todos humanos. Por fim, mesmo sendo diferentes, somos todos um só.
Um dos meus livros favoritos de chama StarGirl, (se quiserem, faço resenha depois), Estrela, a personagem principal é completamente ela mesma em cada pedacinho do seu ser e age com todo seu coração, ela consegue motivar as pessoas e espalha a alegria, pura e genuína. Isso,  é o que para mim importa, o que deveria importar, não o julgamento e o preconceito.
A mensagem que quero passar aqui hoje é, seja você. Seja lá  quem você for, seja você! Porque nessa sociedade complicada em que vivemos, se não tentarmos ser pelo menos felizes conosco mesmos, e com o que passamos, do nosso coração, nunca chegaremos a lugar nenhum e seremos só uma grande massa cinzenta, sem rosto e com o coração vazio.

"Porque ela era diferente. Diferente. Não tínhamos ninguém com quem compará-la, ninguém para colocá-la lado a lado"
      Stargirl

"De todas as características incomuns de Estrela, essa para mim era a mais marcante. As coisas ruins não a afetavam. Correção: as coisas ruins que aconteciam com ela não a afetavam. E as coisas ruins que aconteciam conosco a afetavam demais."
         Stargirl

"O essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o coração"
             O pequeno príncipe


http://www.sopadeideias.com.br/blog/tag/seja-diferente/

http://romanceprinces.tumblr.com/post/39530435783/seja-diferente-mesmo-ouse-seja-abusado-dance
http://labirintoapj.blogspot.com.br/2015/06/uma-palavra-de-nosso-pastor.html

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Um comentário:

  1. "Há alguns anos eu resolvi que queria ser um pouco diferente das pessoas, do comum no estilo, no meu jeito, não que ao meu ver tenha sido muito radical. Algumas pessoas me incentivaram, da grande maioria houve reprovação."
    Eu também resolvi fazer isso, passei minha vida toda tentando ser parte das modinhas, fazer o que os outros faziam, mas aquilo não era eu, eu não era feliz. E quando tentei ser diferente fui julgada. Antes eu ligava, agora nem ligo tanto. Coloco meu fone de ouvido e finjo que a pessoa não existe.

    Beijos, Nicole
    Dona do Why Not? e colunista do #Turistando no Portal Gleep

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